quinta-feira, 11 de maio de 2017

Sobre o autor: Katsuhiro Otomo



Nascido em 14 de abril de 1954 em Tome, Miyagi, é um dos mais reconhecidos mangákas (desenhistas de mangás) e animadores, por seu traço único. 
Desde muito cedo, ele era fascinado por filmes, muitas vezes levando ele a uma viagem de trem de três horas durante as férias escolares apenas para assisti-los.O jovem veio de uma época em que seu país demonstrava grande desenvolvimento político e econômico (lembrando que a Segunda Guerra já tinha acabado e isso ocorreu na década de 40, ou seja, em um tempo relativamente curto o país progrediu muito). Mesmo assim, o artista quando entrou na faculdade, usou todo o cenário caótico que continuava pelo mundo para criar algumas de suas obras. Ele sempre foi contra as guerras e mostrava isso com temáticas em seus roteiros, quase sempre, em mundos com terror, distópicos e apocalípticos.

Em 1973, ele publicou seu primeiro trabalho, uma adaptação do mangá de curto romance de Prosper Merimee Mateo Falcone, intitulado Relatório Gun. Seu primeiro livro solo publicado foi Short Piece, em 1979. Já em 1982, Otomo fez sua estréia na TV, trabalhando como designer de personagens para o filme animado Armageddon. Uma de suas muitas influências são, por exemplo, Shotaro Ishinomori. Este é tratado até hoje como o Rei do Mangá, além de ter criado heróis de tokusatsu (como Kamen Rider).

No mesmo ano, Otomo começou a trabalhar em um mangá que se tornaria a sua obra mais aclamada e famosa: Akira. Inicialmente, os membros da revista em que trabalhava lhe pediram que fizesse uma série com tema de ficção científica, algo que ele já estava relativamente acostumado. Em entrevista, o autor disse que Akira "recontaria" a história de outra obra famosa no Japão, Tetsujin 28. Nesse enredo, o governo tenta utilizar uma tecnologia bélica para tentar revitalizar o país. A ideia seria contar de outra forma o uso de armas pelo governo, de modo conspiratório, em uma Tóquio caótica.
Demorou oito anos para ser concluído e acabaria por culminar com 2000 páginas. Essa obra seria seu trabalho mais aclamado até os dias de hoje. Enquanto a serialização de Akira estava ocorrendo, Otomo decidiu animá-lo em um único filme, embora os quadrinhos ainda estavam para ser concluídos. Em 1988, o filme animado Akira foi liberado. Alçando o nome do artista como um ídolo para os novos artistas que viriam. Sendo tratada, dentro e fora do Japão, como cult.
Já em 1990, Otomo fez uma breve entrevista com a MTV para um segmento geral sobre a cena dos mangás na época. 

O final do filme Akira, é diferente da sua obra desenhada. E essa história fez uma "previsão" de Tokyo como sendo eleita para as Olimpiadas de 2020. O que realmente ocorreu. 
Artistas como Moebius (muito conhecido pelas suas artes do Surfista Prateado) são fãs declarados de Otomo. 
Entre algumas de suas obras, além de Akira, temos a animação Memories. Nela temos três histórias curtas bem animadas, sem ligação entre si, e cheios do toque de Katsuhiro. Também foi responsável pela animação de um filme baseado em uma das obras de Osamu Tezuka, Metropolis. Além de fazer sucesso com obras como Steamboy entre outras obras.


Nenhum comentário:

Postar um comentário