Falando
teoricamente, personagens como Mandrake e Fantasma, abriram as portas para os
quadrinhos da Era de Ouro, contudo, foi com Superman
que muitos decretaram o início desse período.
Em
1933, o Último Filho de Krypton, foi criado por Jerry Siegel e Joe Shuster na
revista Action Comics #1. Com a ideia
de um personagem mais forte, imbatível e invencível. Ele só seria publicado em
1938, na Detective Comics (a atual DC Comics). Kal-El seria o último
sobrevivente de um planeta muito evoluído tecnologicamente. As versões do
desastre sempre mudam de acordo com os retcons, contudo, o início da saga dele
é o mesmo: o bebê kryptoniano é lançado em direção a Terra por seu pai Jor-El e
Lara por um foguete, antes do acontecimento. Como governo daquele mundo não
acredita nas descobertas de Jor, um renomado cientista, ele não vê outra
solução que não fosse salvar seu único filho. Ao atingir nosso planeta, ele é
encontrado por um casal de fazendeiros, Jonathan e Martha Kent. O adotam, mesmo
eles possuindo consciência que ele era um ser alienígena. Ao crescer, ele tenta
lidar com a descoberta de seus poderes. Entretanto, seus pais revelam a ele sua
origem e ele descobre o seu legado alien. Quando cresce ele decide ir para
Metropolis, trabalhar como repórter e usar seus poderes para combater o crime.
Ironicamente,
o Superman não foi o primeiro personagem da dupla, nem o primeiro herói da DC.
Mas sim o Doutor Oculto. Richard Occult é um personagem da editora, e foi o
primeiro personagem desta editora que poderia ser classificado como um
super-herói. Um culto demoníaco tenta invocar Satã no Meio-Oeste
norte-americano. Para isso eles roubam um garoto e uma garota para conceder
suas almas ao demônio em pessoa. Contudo, algo sai errado e o invocado é outro
ser diabólico, Koth. Este por sua vez, se irrita com o culto e mata quase
todos. As crianças, Richard e Rose, são salvas por um homem misterioso, Zator.
Ele os levou para a Cidadela dos Sete, uma poderosa organização de místicos.
Nos dias atuais eles são uma combinação de alter-ego e amantes.
Sem
contar o Capitão Marvel. Ele foi criado em 1940 pelo roteirista Bill Parker e
pelo desenhista C. C. Beck, o personagem apareceu pela primeira vez na revista Whiz Comics #2, em 1940, da Fawcett Comics. Billy Batson ganha do
Mago Shazam os poderes dos antigos heróis lendários, com muitas similaridades a
do próprio Superman. A DC processou a editora e ganhou por considerar o
personagem um plágio. Afinal, suas habilidades são quase as mesmas do Homem de
Aço.
Os
personagens que surgiram pela editora seriam Batman, Lanterna Verde, Flash, Arqueiro Verde, Mulher
Maravilha, entre outros. Alguns deles fundariam a Sociedade da Justiça, e
depois, surgiria a Liga da Justiça.
Falemos
um pouco do Batman. Considerado nos
quadrinhos como o Maior Detetive do Mundo, o Homem-Morcego estreou na revista Detective Comics #27. Aos oito anos de
idade, o jovem Bruce Wayne vê seus pais serem mortos (Martha e Thomas Wayne)
após uma tentativa de roubo. Seus pais eram milionários, e deixaram no seu
testamento a tutela da criança nas mãos do mordomo da família, Alfred
Pennyworth. Com quatorze anos de idade, o garoto começou a rodar pelo mundo
frequentando diversas universidades e aprendeu muitas artes marciais. Sem
contar que por conta própria estudou técnicas de caça, primeiros socorros e
infiltração, incluindo o ninjutsu.
Aos 26 anos, ele volta para sua cidade-natal, e usando a fortuna da família
começa seu plano para criar um alter-ego. Com o auxílio de tecnologia, de
alguns policiais honestos como James Gordon, e de usar o medo e superstição dos
criminosos como uma ferramenta, transformando-se no herói que Gotham precisava:
o encapuzado Batman.
Nessa
época, o maniqueísmo imperava forte nas histórias em quadrinhos. O herói é do
“bem”, assim como o vilão é do “mal”. Diferente da ideia de que uma história
deveria contar sobre um protagonista, não importando sua índole. As histórias
que faziam sucesso eram aquelas com um personagem “perfeito”, trazendo com si
ideais de justiça e honra. A mulher era muitas vezes retratada como frágil
demais e sempre salva dos perigos pelo super-herói ou vigilante. Por conta da
Segunda Guerra Mundial, boa parte dos antagonistas era idealizada como
italianos, orientais e alemães.
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