quarta-feira, 31 de maio de 2017

O Bairro da Liberdade


O bairro mais famoso sobre a cultura japonesa e oriental (em geral) que fica em São Paulo, capital do estado com mesmo nome. Lá existem livrarias japonesas, restaurantes, lojinhas de garage kits, entre outras coisas. 
Mas poucos sabem o por que desse bairro se chamar Liberdade? Ironicamente, isso não tem a ver com o Japão, mas sim com África. Mais precisamente, com o escravos negros trazidos ao Brasil.
Ainda nos anos de 1800, o Brasil ainda usava escravos. A praça da Liberdade, em especial o centro dela, era chamada de Largo da Forca. Pois lá eram punidos os criminosos e escravos. Quase sempre por enforcamento. O lugar foi escolhido pois ficava próximo do antigo Cemitério dos Aflitos.
O nome de Liberdade ao lugar, se deve a um homem que liderou um motim contra salários atrasados. Quando ele seria enforcado, a corda estourou e tentaram fazer isso mais uma vez. Tentaram várias vezes e a corda sempre arrebentava. Acharam que aquilo era uma espécie de milagre, e a população local gritava várias vezes "liberdade", com a finalidade que libertassem o sujeito. E o bairro recebeu esse nome por conta disso. 
Depois disso, a escravidão e a pena de morte foram abolidas no Brasil. No lugar do Largo da Forca, foi construída uma igreja ainda naquela região. Santa Cruz das Almas dos Enforcados. Até o cemitério foi desfeito e a única coisa que sobrou foi a Capela da Rua dos Aflitos. É falado que esses lugares são os mais assombrados da cidade de São Paulo.
Depois de 1908 é que os japoneses começaram a morar na região da Liberdade. Isso pois o aluguel era mais barato. Quase ninguém queria morar ali naquela época. Então, começaram as primeiras hospedarias e comércios com produtos de origem japonesa, prato cheio para obter lucro. Os japoneses se uniram em associações de comércio. Em 1915 foi fundada a Taisho Shogakko (Escola Primária Taisho), que ajudou na educação dos filhos de japoneses, então em número aproximado de 300 pessoas. Além de usar apostilas diretamente do Japão, onde ensinavam japonês e português (além de outras matérias básicas como história e ciências), ainda possuía várias atividades extra curriculares. Como baseball. Hoje, esse local é o Bunkyo, sede do museu da imigração japonesa. 
Foi só na década de 70 que o bairro tomou esse aspecto orientalizado que encontramos, por exemplo, na rua Galvão Bueno. Não possuindo só coisas de japoneses, além de coreanos e chineses. Tanto que festividades como o Ano Novo Chinês.

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