Nesse tempo também surge uma grande editora nos dias de hoje, a Marvel Comics. Em 1939. Teria sido criada por Martin Goodman, mas na época chamava-se Timely Publications (ou também chamada Timely Comics). E só possuía como personagens o Tocha Humana (não o Johny Storm do Quarteto Fantástico) e o Namor, o príncipe submarino. A primeira revista que surgiria dessa editora como Marvel Comics #1, mas seu nome só seria realmente usado muitos depois.
Como
a demanda estava ficando cada vez maior, depois de alguns anos, Martin Goodman
resolveu contratar seu primo Stanley Martin Lieber (hoje em dia conhecido como
Stan Lee). Começando como um faz-tudo na editora, incluindo revisar textos e
desenhar alguns quadrinhos. O sonho do rapaz era um dia ser escritor. Mal sabia
ele que seu nome seria quase um símbolo dos quadrinhos.
Em
1941, seria publicado Captain America #1,
aproveitando o hype da Segunda Guerra
Mundial. A capa dessa edição era extremamente forte e chocante para época. Nela
tínhamos o herói, Capitão América
acertando o rosto de Adolf Hitler. E isso fez muito sucesso, ao ponto de ser
vendida mais de um milhão de cópias. Usando também de um espirito patriota da
época. Uma ótima jogada de marketing.
Nos
anos 50, os heróis (tanto da DC, quanto da Marvel, como de outras pequenas
editoras) estavam sendo deixados de lado. O que fazia sucesso eram muitas
histórias de terror e romances policiais com bastante mistério. Nesse tempo, a
Timely finalmente mudaria seu nome, para se adaptar a essa nova tendência. Seria
então chamada de Atlas Comics. Só que
isso não ajudou muito ainda assim, com histórias um tanto absurdas. Não somente
na que seria a futura Marvel, mas também na sua principal concorrente.
Durante
esse período surgiam histórias como o Superman ter sua cabeça transformada na
de um inseto, um bebê colossal destruindo Metropolis como se fosse seu parque
de diversões, o Batman usando roupas com tons de arco-iris, Jimmy Olsen ser
transformado em uma espécie de dinossauro, entre outras bizarrices. Tudo isso se devia a dois fatores: a Sedução dos Inocentes e o macarthismo.
Sedução
dos Inocentes, do psiquiatra Fredric Wertham, foi um livro que dizia ser culpa
das histórias em quadrinhos muitos atos de delinquência juvenil americana. É
nesse livro também, que começou a ideia que Batman e Robin seriam homossexuais.
Sendo que nas histórias atuais (mais bem argumentadas) podemos ver nos
personagens um ar de família. Totalmente absurdo a colocação de Fredric.