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sábado, 9 de novembro de 2024

Pinóquio e Astro Boy: os personagens que nasceram da morte e do luto

Podemos falar que ambos os personagens surgem do luto. Crianças normalmente são frutos esperados ou inesperados, mas vindas de um nascimento. E já notamos que eles surgem das consequências da morte, devido a não envelhecerem.
Isso se deve por não serem feitos de carne e osso. Astro feito de metal e Pinóquio de madeira. Sem contar que não foram criados com amor, mas sim pela tragédia pessoal de seus "pais" e pela ausência do sentimento amoroso para ser correto. 
Na história de Astro Boy, criada por Osamu Tezuka, vemos uma sociedade altamente avançada, onde homens e robôs coexistem. Um cientista e seu promissor filho tem um trágico fim em seu relacionamento, quando o garoto, Tobio, sofre um terrível acidente. O pai, Tenma, fica com um vazio gigantesco em sua alma. Cruzando os limites do que seria comum, para ter de volta sua progênie, através da tecnologia.
Gepeto, na outra história, um carpinteiro, usa sua habilidade para recriar seu filho. Mas ao criar um filho, por meios mágicos, tem a frustrante descoberta que ele não é nada parecido com seu falecido rebento. Uma criança nova, que era feita de madeira, que nasceu em instantes, e tem a ingenuidade de um garoto daquela idade. 
Astro e Pinóquio não são aceitos completamente pelos seus respectivos pais.
Entretanto, Tenma se livra de Astro. Enquanto Gepeto tenta cuidar de seu filho, mesmo que com dificuldade. 
Quem se torna pai de Astro, é um outro cientista, que não foi Tenma, que o trouxe a esse mundo. Já Gepeto cria Pinóquio, pois entende que não terá seu filho biológico de volta. Mas seu filho de coração, necessitava dele.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Participação dos autores em suas próprias obras



Alguns personagens de seus mangás favoritos e animes muitas vezes são um modo do autor aparecer nelas como uma metáfora. Mas no caso, alguns autores se colocam MESMO nas obras. Veja isso.
Koshi Rikudo (Excel Saga): No primeiro episódio de Excel Saga vemos um japonês trabalhando em sua residência. Ele é autor de mangá. Então surge uma sombra atrás dele com uma espada e o assassina. Koshi Rikudo, o autor de Excel Saga é assassinado pela sua própria ciração. 
Ken Akamatsu (Love Hina): Kentarô consegue um bico como assistente de um mangaka. O próprio Ken Akamatsu. Mas o protagonista fica pouco tempo no serviço pois o ritmo lá é puxado. Ele ainda ajudaria Shinobu no especial de natal. E daria carona para Kitsune no especial de primavera.
Osamu Tezuka (várias de suas obras): Ele sempre se incluía nos mangás onde interagia quase sempre com os seus personagens favoritos. Em Dororo, ele toma até mesmo pedradas dos personagens.
Akira Toriyama e Masakazu Katsura (Dr. Slump): Akira é conhecido por participar muito de suas próprias obras. Ele, em Dr. Slump, sempre propõe ideias novas para seus personagens, mas sempre é zoado por isso. Seu amigo e grande fã, Masakazu Katsura, que é zombado por ser tão ou mais caipira que Akira... Vê se pode!
Yoshihiro Togashi (Hunter X Hunter): Durantes as lutas na Torre Celestial, um dos comentaristas era um autor de mangá com máscara de cachorro. Ele falou tanta besteira que tomou um tapa e ficou caladinho. Só de rancor, a atrasa os capítulos do mangá... Sei...

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Sobre o autor: Shotaro Ishinomori

Ele nasceu em 1938, ele também é conhecido como o Rei do Mangá. Muitos de seus trabalhos iniciais são influenciados por seu mestre, Osamu Tezuka. Mas ele talvez tenha sido um artistas que sempre foi um pouco a frente de seu tempo. Tanto que sua figura no Japão é comparada ao grande Stan Lee.
Ele era o mais jovem de sua geração, mas também o mais talentoso, o primeiro a publicar profissionalmente e sempre atarefado, empregando seus colegas como assistentes em seus vários trabalhos. E sua velocidade assustaria até Eiji. Relatos de outros mangakás da época dizem que Ishinomori produzia cerca de 20 páginas em um único dia de trabalho, onde a média era de 2 à 5 páginas, mesmo com autores cooperativos, como a dupla Fujiko Fujiyo. O próprio comentou em extras de Cyborg 009 que chegou a produzir, com a ajuda de seus amigos, 650 páginas mensais de quadrinhos, mas que aquilo era loucura. Com “apenas” 300, ele já suava. Apesar das páginas da época terem uma arte mais caricata, ângulos mais simples e narrativa corrida, cada uma continha mais quadros e texto do que hoje. Desenhar e finalizar essa quantidade de páginas é impossível para um artista de hoje, onde a média é de 30 páginas por mês.
O nome dele pode parecer muito complicado, mas você logo descobrirá que já viu algum dos programas de TV originados por seus mangás. Estamos falando de Shotaro Ishinomori, um desses desenhistas de mangás que será eternamente conhecido por seu excelente e inigualável legado artístico. Quem tem mais de 40 anos, e gosta de animações, talvez se lembre de alguns clássicos desenhos animados que tem a sua marca. Entre eles estão Cyborg 009 e
Esquadrão Arco-Íris, inocentes cartoons nipônicos dos anos 60, exibidos no Clube do Capitão AZA, da extinta TV Tupi. Realmente bem antigo. Além desses, o público mais jovem conhece Ishinomori por outras atrações da telinha criadas por ele, como: Kamen Rider Black, Bicrossers, Machineman e Patrine. Todas essas séries foram exibidas pela antiga Rede Manchete e tem muitos fãs no Brasil. Ex-assistente do consagrado artista Osamu Tezuka, Shotaro Ishinomori foi capaz de criar seu próprio universo de heróis e equiparar seu trabalho ao de seu mestre. Todo este universo foi imaginado pela mente fértil desse ilustre cidadão de Ishinomaki, província de Miyagi, sua terra natal. É neste lugar, relativamente perto de Tóquio, onde foi erguido um museu à sua memória e obra. Desde 2001, muitos admiradores desta personalidade da "Terra do Sol Nascente" visitam o "Ishinomori Mangattan Museum", para saber mais sobre uma das mais importantes figuras do mundo do mangá, anime e tokusatsu. Ishinomori morreu em 1998, mas deixou um legado que se perpetua até hoje. São inúmeros desenhos para televisão e cinema que se confundem com a história da animação no Japão, brinquedos e muitos outros produtos derivados de suas sagas juvenis.
Durante anos, Ishinomori usou a grafia de seu nome idêntica à de sua terra natal, de quem se apossou do nome por vergonha de seu próprio sobrenome, por remeter à outro artista de mangá, Shufu Onodera, que ficou famoso por ilustrações militaristas durante a Segunda Guerra Mundial. Porém, por um detalhe da grafia, todos liam apenas Ishimori, porque o “no” não é escrito. Alguns nomes de bairros e cidades no Japão tem essa peculiaridade, que causa uma certa confusão. Isso sempre incomodou o artista, que precisava corrigir o nome pelo qual era chamado.
Muito de seu método de produção mudou após a morte de sua irmã. 
Um dos exemplos de sua contribuição nos tokusatsus esta na série Kamen Rider, não só na saga Black. Criado pela equipe da TOEI, a primeira série desse herói surgiu em 1971. E contou com 98 episódios, com encerramento em 1973. Nesse período, apenas um episódio era exibido aos sábados em horário nobre pela TV NET. Sua ideia original era a de um homem mutante, metade humano e metade gafanhoto, mas para os padrões da época, um herói assim não combinava. Como desenhista, ele foi mudando lentamente os conceitos do personagem, para o que temos nos primeiros Riders. Mudanças entre o mangá e a série permitiram ao autor mexer no personagem como quisesse. Sendo que ele sempre quis dirigir um filme, assim, se realizou no live-action.
Além disso, ele trouxe a adaptação em mangá de The Legend of Zelda: A link to the past. Sem contar outra obra prima dessa área que é HOTEL. Ele deixou mais de 770 mangás.

quarta-feira, 16 de março de 2016

AIDS nos mangás


Em 1986, quando muita gente ainda nem sabia o que era a AIDS, surge nos mangás uma história tratando sobre o assunto. esse foi o primeiro meio de comunicação do Japão, tratando sobre isso. Lembrando que Hollywood só fez um filme falando sobre o assunto em 1993. É lógico que ainda não existia muita informação, ou seja, ainda existia muito preconceito sobre o assunto. Como o de que homossexuais fosse um grupo de risco para doença, coisa que sabemos muito bem não faz sentido algum. Qualquer um sem a devida prevenção corre riscos.
Entre alguns mangás que tratam sobre o assunto:
-Tomoi
-Confidential Confessions
-Deep Love
E até mesmo um personagem de Osamu Tezuka, Dr. Ochanomizu, já ensinou os cuidados do sexo seguro. Estranhamente, o video em que ele aparece só é transmitido no aeroporto de Narita. Seria um medo do que os ocidentais pudessem trazer essa doença até o Japão? Quem sabe...

terça-feira, 1 de março de 2016

Existe quadrinho puro?

Osamu Tezuka tinha como inspiração, os desenhos de Walt Disney. Bastava ver os olhos grandes e a construção de desenhos.
Mas é engraçado saber que os rotulos continuam: mangás são quadrinhos japoneses, banda desenhada é quadrinho europeu e comic é quadrinho americano. Um quadrinho não pode ser definido tão facilmente hoje em dia. Vejas essas imagens e compare:
Gatas:
Masami Obari
Adam Warren
Ainda assim seus trabalhos influenciam muitas vezes, uns aos outros. Como no caso de Adam Warren. Você vê que mesmo usando traços diferentes o ilustrador tem tudo a ver com mangá em seu traço. Mas isso varia. Há também ilustradores americanos que influenciam os japoneses. Não são muitos mas existem sim esses.
Amassos/Sexo
U-Jin
Frank Miller
A verdade é que nenhum desenhista ou ilustrador esta longe de usar uma referência (Capitão América pira nisso!) em suas obras próprias. Só notar que muitos são fãs de determinado personagem do outro lado do mundo. Exemplo? Kia Asamiya e Masakazu Katsura que adoram o Batman. E esse personagem esta inserido em suas obras. Ou o Roger Cruz... Que na verdade é brasileiro, usa traços baseados em mangás e é conhecido no mercado americano. Uaauuuu! O mistureba!
Ação/Robôs
Kenichi Sonoda
Frank Miller
Engraçado isso do povo não gostar de um estilo e não do outro. Não é? Talvez tenha sido por animes muitas vezes puxarem muitas vezes para um erotismo ou terem intermináveis fillers. Porém, os americanos também estão nesse naipe. Como por exemplo as histórias sem fim da DC e Marvel, ou a falta de mão de alguns ilustradores americanos como Rob Liefeld.
 Policial
Hojo Tsukasa
Will Eisner
Lembrando que em ambos os mundos temos grandes astros e verdadeiros pais dessas artes como no caso de Osamu Tezuka e Will Eisner.
Pancadaria/Demônios
Todd McFarlane
Norihiro Yagi

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Osamu Tezuka: O deus do mangá!

Esse texto foi escrito, originalmente por mim no blog Sarjetacast.
Alô mendigada! Hoje irei falar sobre aquele, que até hoje, é tratado como "Deus do Mangá"
Ele nasceu em Osaka, Japão em 11 de Novembro de 1926. Apaixonado por desenhos animados, especialmente os da Walt Disney, e marcado pela Segunda Guerra Mundial, sempre se preocupou em transmitir mensagens de otimismo em suas obras e com pequenas lições de moral.



Formou-se em medicina, mas foi com seus desenhos que fez fama. Começou com tirinhas de jornal como "Ma-chan’s Diary". Depois veio o trabalho "Shin Takarajima (New Treasure Island)".
Mas foi nos anos 50 que vieram suas princiopais obras: "Kimba, Astro Boy e A Princesa e o Cavaleiro".



Entre suas obras temos:
-Ma-chan’s Diary (tirinhas)
-New Treasure Island
-Kimba
-Astro boy
-A Princesa e o Cavaleiro
-Vingadores do Espaço
-Os Três Fantásticos
-The Phoenix
-Black Jack
-Metropolis
-Don Dracula
-Adolf (biografia)
-Buda (biografia)
-Cleópatra (hentai)





É graças a Osamu Tezuka, temos os traços de alguns dos principais mangás e animes de hoje em dia. Um deles é o “big eyes, small mouth” (olhos grandes, boca pequena) que se deviam ao fato de seus desenhos se basearem nos antigos traços da Disney) o que até hoje é usado na maioria das obras shounen entre outros estilos. Além disso, criou as speedlines, que são colocadas quando o personagem esta em movimento para dar mais ênfase na cena.
Como dito antes, seu traço era fortemente influenciado pelos desenhos de Walt Disney nos anos 30 e 40.

O grande autor ao lado de Maurício de Souza




Morreu em 9 de Fevereiro de 1989, vítima de câncer.
Até hoje sua obra inspira desenhista de renome como Rumiko Takahashi (Inuyasha e Ranma 1/2) e Naoko Takeuchi (Sailor Moon). Isso mostra o motivo de ele ser tratado como Deus do Mangá. Até mesmo deve amizade com o nosso querido Maurício de Souza.