terça-feira, 22 de setembro de 2020

Os direitos dos dubladores - Entenda


Muitas pessoas ainda não entenderam alguns fatores dos direitos conexos. Especialmente depois da treta entre Elcio Sodré e a Sato Company. Então vamos lá:
Usarei um exemplo que o dublador Wendel Bezerra fez em seu canal no Youtube.  Digamos que a Globo faz uma novela. A emissora vende essa novela. Mas antes paga todos os atores e pessoas envolvidas com ela. Ok. Tudo bem. Pois isso está previsto no contrato. 
Mas qualquer exibição extra, terá que pagar o que foi estipulado no contrato. Obviamente que não vai ser o valor total, que fique claro. Mas uma porcentagem por seus trabalhos, afinal, ele não fará uma nova atuação. Pois eles estão comercializando o trabalho do artista envolvido naquela novela.
Tanto que por exemplo, a venda de um produto que seja feita de forma lícita de uma série, anime ou filme, parte do dinheiro vai para o criador. Pois, a pessoa que comercializa aquele produto ganha dinheiro em cima do trabalho artístico de um ilustrador ou escrito, no caso.
O mesmo acontece com os dubladores. Notem como amamos Yuyu Hakushô, não só por conta da boa história, mas pela dublagem do estúdio carioca que soltava "Ah eu sou Toguro!" ou "Que se dane o mundo, que não me chamo Raimundo!" E normalmente, os dubladores só ganhavam pelo trabalho que tinham feito antes. Demorou anos para que eles ganhassem esses direitos inerentes a eles. Sendo que em outros países isso acontece faz tempo.
Isso explica porque alguns filmes mudam a dublagem, quando contratos de vendas acabam com emissoras ou passasse certo tempo. E só depois de muito tempo, os dubladores começaram a ganhar esse direito aqui no Brasil, sendo que outros países, isso já era comum.
Então, até onde vimos, Elcio Sodré está certo. Ele que fez as vozes do Shiryu de Dragão, Hatake Kakashi e Isamu Minami.

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