Foi anunciada ontem (3) através das redes sociais a suspensão da exibição de Kamen Rider Black na Band. O tokusatsu (forma como são chamadas as séries de heróis japoneses interpretados por atores de carne e osso) era uma das atrações bloco dominical da emissora, que se viu obrigada a procurar uma nova reprise para tampar o buraco. No decorrer das horas, descobriu-se que o problema que levou ao cancelamento de Kamen Rider Black foi a sua dublagem.
O primeiro comunicado foi feito pela Sato Company, detentora dos direitos da série no Brasil, em suas redes sociais. "Infelizmente nem todos são a favor do enorme trabalho que estamos tendo em resgatar obras clássicas que acalenta os nostálgicos nesse momento de pandemia", informa a nota, acrescentando que "o interesse de poucos atrapalhando o sonho de muitos".
Ao site Na Telinha, o presidente da empresa Nelson Sato esclareceu que se tratava de um problema relacionado à dublagem, e que Kamen Rider Black "pode voltar ou não, se não der acordo".
No começo da tarde desta sexta-feira (4), foi a vez do dublador Élcio Sodré se manifestar em suas redes sociais. O responsável pela voz do protagonista Isamu Minami explicou que a veiculação de qualquer mídia exige a autorização preliminar do titular da voz, mas que em momento algum teriam ido conversar com ele para negociar o contrato de cessão de direitos de autor, conforme exige a lei. "Continuo aguardando e torcendo para tudo acabar bem e como deve acabar numa negociação entre pessoas corretas: dentro da lei", encerrou.
Em resumo, isso se deve a direitos conexos, ou seja, para a exibição dos episódios, seria necessário a permissão de Elcio Sodré. Pois é ele quem faz a voz do personagem, inclusive na sequência Black Kamen Rider RX.
Essa não é a primeira vez que dublagem dá barracos, vide os casos dos áudios vazados de Márcio Seixas e a dublagem de My Hero Academy.
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