Existem
muitas pessoas que acreditam que todas as escolas japonesas são públicas, o que
não é verdade. Assim como qualquer outro país, também existem particulares. Só
que até mesmo nas públicas você tem que pagar, só paga menos que nas segundas.
Não é gratuito.
Pode
parecer absurdo, mas isso explica a taxa de natalidade no Japão ser tão
pequena. Visto que para cada um será pago uma quantia de estudo. Ainda assim,
os preços das escolas públicas são extremamente acessíveis, ao menos no começo
da vida de uma criança. Porém, esse valor vai aumentando.
E
ao chegar no nosso equivalente ao colegial, aí sim, esse preço começa a pesar
na renda familiar. Tanto que nesse período existe o exame de admissão, um
equivalente a “prova de vestibular” para conseguir entrar no ensino médio. Sendo
que muitas vezes, uma pessoa quer participar de determinada instituição escolar
exatamente por ela ter um foco em um dos clubes ao qual bate com o interesse de
quem ser admitido. Um exemplo disso em obras de mangás e animes, é a personagem
Miaka, de Fushigi Yuugi.
A
fama de uma escola, muitas vezes, define que tipo de aluno vai para ela. Por
exemplo, se você gosta de basquete, você irá para uma escola ao qual o clube
desse esporte é famoso e bom.
Pessoas
que não entram em nenhum clube desses são tratados como NEET (Not in Education, Employmente
or Training = Nem estuda, nem trabalha ou nem treina). Isso não acarreta,
mas causa alguns problemas de bullyings.
Por isso, no começo de ano nas escolas, os clubes sempre tentam incentivar
novos alunos a entrar em um de seus grupos, evitando também dos alunos a serem
“zoados”. O que mostra, que mesmo onde temos um país cheio de respeito nas
escolas, ainda existe esse assédio moral.
E
a questão do uniforme escolar. Não é exigido em todas as escolas, mas algumas
são extremamente rígidas com isso. Varia de uma para outra. Mas pode ter
certeza, essas mais tradicionais são normalmente as mais prestigiadas da
região. Sem contar que fica claro aos alunos que não devem usar essas
vestimentas, fora do horário escolar. Para que qualquer ato errado que o aluno
faça (não necessariamente erado pelos nossos padrões, mas aos olhos dos
japoneses), seja entendido como um ato da própria instituição. E acreditem a
rigidez é verdadeira.
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