Mais um texto que estava no site Escritores e Amantes da Terra-Média.
Bem antes de tudo, você sabe o
que é RPG? Não! Não estou falando daqueles vários jogos de MMOs que surgem as
dúzias por ai. Refiro-me aos jogos de mesa em que reuniam amigos em uma mesa
com histórias criadas por um narrador. Explico: criado nos EUA por uma empresa
de livros (na época chamada de TSR, Tatical Studies Rule) funcionava como “uma
partida de faz de contas”. Ele mistura um pouco de teatro, além do uso de
regras e dados. Assim surgiam histórias e aventuras épicas, onde os heróis são
levados por mundos de magias e poderes. Qual o motivo de falar sobre isso? Ora,
pois isso nunca existiria se não fosse o bom Tolkien. Tolkien criou um universo
de personagens, criaturas e culturas utilizando uma variedade seus conhecimentos.
Utilizando de traços de países como Islândia, de povos antigos como godos ou
até mesmo seu conhecimento em filologia. Criou raças (como os elfos, anões e
criaturas falantes) ou ocupações (como os guardiões, ladinos e magos) que são
utilizados para os mais diversos tipos de jogos. Sejam de mesa ou online. Estão
começando a ver conexões?
Até mesmo em Dungeons & Dragons, por não poder
colocar os famosos hobbits, colocaram outra raça pequenina. O que realmente me
fez gostar ao ver tudo isso é que o universo desses passatempos tem toda uma
força única. Existem tantos universos belos e forças operantes nesses mundos
que inspiram obras maravilhosas. Em quadrinhos, podemos ver o mangá de Ryo
Mizuno, com Record of Lodoss War que
trata de conflitos entre as terras de Lodoss e Marmo e ainda rendeu vários
livros e animes. Na literatura temos a escritora Margaret Weiss com a trilogia
do universo de Dragonlance onde
dragões surgem como mensageiros das divindades Paladine (Bahamut) e Takihisis
(Tiamat). Para os saudosistas o famoso Caverna
do Dragão, exibido nas manhãs da Globo tem todos os estereótipos de uma
partida desse jogo, incluindo o chato Mestre dos Magos (Dungeon Master) e o
nome original da animação é Dungeons & Dragons. Por último, temos Warcraft, um dos carros chefes dos jogos
online da Blizzard, que fez tanto sucesso que gerou várias outras mídias de
diversos tipos até hoje. Novamente surge uma pergunta: onde Tolkien se encaixa
nisso tudo? Todas as variedades de jogos seguem suas regras. Elfos belos e
poderosos que são mestres com arcos, anões mestres em forjaria e que apreciam a
batalha, forças da natureza que ajudam aqueles que forem justos ou ao menos de
bons corações e males antigos que podem destruir o mundo por motivos egoístas –
ou não – usando de forças das trevas. Todos se encaixam na fórmula
“tolkieniana” de contar histórias. E isso é uma grande homenagem que podemos
fazer. Criar histórias com toda a magia que o grande mestre nos passou em seus
escritos, criando reinos fantásticos.
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