Bem, como o site Escritores e Amantes da Terra-Média (EATM) vai fechar, eu pretendo postar por aqui matérias que escrevi para eles. Espero que gostem.
Obs.: Logo posto coisas sobre animea.
Quando lemos O Silmarillion notamos que um fator importante é a música. Visto
que em Ainulindalë é dito que toda
Arda teria surgido de uma canção, uma harmonia, uma Música Magnífica. A Música
dos Ainur. Isso demonstra como Tolkien, que tinha um grande conhecimento de seu
idioma natal, literalmente brincava com certos aspectos dele. E várias canções
são vistas nas obras desse mestre.
Temos a canção dos anões na casa
de Bilbo (conhecida pelo filme O Hobbit:
Uma jornada inesperada como Over the
misty mountains cloud), as proferidas por Tom Bombadill em A Sociedade do Anel e verdadeiras
pérolas como a Balada de Leithian,
demonstrando o combate entre Sauron e o rei Felagund.
No mundo real nós temos também a
influência da Terra-Média em músicos famosos. Nos anos 70, a banda Led Zeppelin se mostrou fã da obra. Algumas
vezes não de forma tão clara, mas as referências estão lá. Tanto que podemos
ver isso em canções como Ramble on, Battle of evermore e Misty mountain hop. Veja um trecho dessa
última:
So I’ve decided what I’m gonna do now
So I’m packing my bags for the Misty Mountains
Where the spirits go now
Over the hills where the spirits fly
So I’m packing my bags for the Misty Mountains
Where the spirits go now
Over the hills where the spirits fly
E o que falar de uma banda como o
Rush, que criou uma música com o nome
de Rivendell. Quem já leu os livros,
sabe que essa é a forma em inglês de se escrever e falar Valfenda, a Última
Casa Amiga. E até bandas como Marillion
de rock progressivo tem seu nome tirado de O
Silmariliion. Lembrando que uma música deles chamada Beautiful, mesmo não possuindo nada a ver com esse universo possui
uma letra que nos faz refletir sobre as coisas simples da vida. Sinceramente,
algo bem próximo do que algumas obras citadas tratam. E até faz lembrar a
conversa entre Bilbo e Thorin no capítulo A Viagem de Volta em O Hobbit.
Everybody knows, we live in a world
Where they give bad names to beautiful things.
Everybody knows, we live in a world
Where we don’t give beautiful things a second glance.
Heaven only knows, we live in a world
Where what we call beautiful is just something on sale.
People laughing behind their hands,
While the fragile and the sensitive are given no chance.
Where they give bad names to beautiful things.
Everybody knows, we live in a world
Where we don’t give beautiful things a second glance.
Heaven only knows, we live in a world
Where what we call beautiful is just something on sale.
People laughing behind their hands,
While the fragile and the sensitive are given no chance.
And leafs turn
From red to brown,
To trodden down,
To trodden down.
From red to brown,
To trodden down,
To trodden down.
Já a finlandesa Nightwish, em especial quando tinha como
vocal Tarja Turunen, já demonstrou seu amor pelos universos fantásticos com Elvenpath. Em um trecho é citado o nome
de Bilbo. Em outros, falasse sobre a criação dos Anéis de Poder.
At the grove I met the rest – the folk of my
fantasies
Bilbo, Sparhawk, goblins and pixies
Snowman, Willow, trolls and the seven dwarves
The path goes forever on
Bilbo, Sparhawk, goblins and pixies
Snowman, Willow, trolls and the seven dwarves
The path goes forever on
(“Long ago, in the early years of the Second
Age the great Elven-smiths forged rings of power”)
(“But then Dark Lord learned the crafof
rink-making, and made the Master Ring”)
Esses dois últimos trechos foram retirados diretamente da
animação de O Senhor dos Anéis, de
Ralph Bakshi. É bem antiga até.
Até a banda Running
Wild escreveu uma canção com uma temática dessas em Mordor. Nela, podemos ver uma parte que trata de cavaleiros negros.
O mais correto é que isso seja uma citação aos Nazgul.
Black knights are controlling the land
They save and protégés from torment
They flight to defend
They save and protégés from torment
They flight to defend
Ainda podemos notar que foram claramente inspiradas em
textos de Tolkien como Summoning,
banda de Black metal austríaca. Ao que parece todo o seu repertório é baseado
nesse universo literário. Podemos notar isso, por exemplo, em seu álbum Minas Morgul. Entre os nomes das faixas
vemos nomes comuns para um fã de O Senhor dos Anéis como Orthanc, Ungoliath, Through the Forest of Dol Guldur e The legend of Master-Ring. E nessa linha de grupos mais pesados de
músicas temos nomes claramente tirados das linhas escritas por Tolkien. Como Isengard, Cirith Ungol, Gorgoroth e
Amon Amarth são só alguns exemplos.
Porém sem dúvida nenhuma a banda
com maior fanatismo pelas obras e personagens criados por Tolkien é a alemã
Blind Guardian. Com uma música como Lord
of the Rings já se imaginaria isso.
There are signs on the ring
Which make me feel so down
There’s one to enslave
To find them all in time
And drive them into darkness
Forever they’ll be bound
Three for the kings
Of the elves high in light
Nine to the mortals
Which cry
Which make me feel so down
There’s one to enslave
To find them all in time
And drive them into darkness
Forever they’ll be bound
Three for the kings
Of the elves high in light
Nine to the mortals
Which cry
Isso sem contar um álbum todo
cantando a saga de O Silmarillion. Nightfall in Middle-Earth. Cito aqui uma
música em especial dessa obra, a The
Curse of Feanor.
Indo um pouco para a vertente
mais alternativa pode ver os suecos, Par Lindh e Bjor Johansson em um projeto
chamado Bilbo. Em um CD praticamente
instrumental, eles tentam contar a história de Bilbo Bolseiro em sua grande
aventura na Terra-Média. Serviria como prelúdio para um projeto de Bo Hansson
chamado Music Inspired in The Lord of the
Rings.
Talvez uma das homenagens mais fortes
seja algo que veio da banda The Gathering. Na música intitulada Sand and
Mercury, eles usam um diálogo retirado de uma entrevista de Tolkien a BBC.
Ambos os textos tratam sobre algo muito pesado: o grupo trata da morte de um
amigo. Já Tolkien fala sobre a relação de sua obra com a morte.
Podemos ainda citar grupos como Morgana LeFay, Stratovarius que quase
sempre nomeiam uma de suas músicas como Lord of the Rings.
E até no Brasil vemos grandes
inspirações. Um exemplo é a banda Lothloryen,
claramente inspirada por toda essa mitologia. Temos com eles a Hobbit’s song, My mind in Mordor, entre outras. Essa banda foi fundada em Machado,
cidade de Minas Gerais. O nome é uma clara homenagem a floresta de Lorien, além
do nome dos jardins do valar Irmo.
Ainda que muitas bandas de metal
melódico, black metal ou outros estilos não escrevam sobre Arda e seus
personagens, podemos ver que de qualquer forma elas se inspiraram nesse mundo.
Rhapsody é um dos maiores exemplos disso. Mesmo que não trate diretamente sobre
isso, notamos que nada disso seria possível sem uma literatura fantástica como
a que vemos em O Senhor dos Anéis, O Hobbit e o Silmarillion.
Podemos notar algo aqui: que o
grande mestre Tolkien escreveu textos, canções e poemas que atingiram pessoas
de diversas etnias. Só nesse artigo citei bandas de origem americana, inglesa,
finlandesa, austríaca, alemãs e suecas. Obviamente existe bem mais que isso.
Além disso, é necessária uma menção honrosa para Sir
Christopher Lee. Que ele conheceu J.R.R. Tolkien alguns até sabem, assim como
ter criado uma banda de metal também. Poucos têm conhecimento que ele teria
participado de um projeto chamado The
Tolkien Ensemble no qual ele declama músicas e poemas de O Senhor dos Anéis.
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