domingo, 20 de agosto de 2017

Carol Nakamura: que bela descendência...


Carol Nakamura nasceu na Tijuca, filha de pai descendente de japoneses e mãe carioca. Seu sonho, desde pequena, era ser bailarina, mas o dinheiro era pouco para suportar os custos com as aulas e as roupas de balé. Por isso, a mãe fez com ela um acordo: pagaria as aulas por um ano, e ao final desse prazo Carol teria que ser aprovada na seleção da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, primeira instituição de dança clássica fundada no Brasil, onde o ensino da arte era gratuito. Se falhasse, Carol teria que desistir do mundo da dança. Ela foi aprovada, e até se formar, nove anos depois, sua vida não foi nada fácil, já que era escola de dança de manhã, uma corrida em casa para almoçar, e novamente escola de dança até às 20hs.
Com dezoito anos e já formada, ela se aventurou em um estágio não remunerado no Centro de Movimento Deborah Colker, onde chegou a dar aulas para crianças por cerca de um ano, mas teve que desistir, porque o que ganhava não dava para cobrir as despesas. Na luta pela sobrevivência, Carol teve que deixar a dança um pouco de lado.
Chegou a integrar a comissão de frente da Beija-Flor e a trabalhar em lojas de shoppings. E foi numa dessas lojas que ela recebeu um convite para fotografar o catálogo da Philippe Martin.
Aí, os convites começaram a aparecer. Em um deles, feito pela Bridgestone, com um cachê de 25 mil reais, fez a moça largar o emprego na loja de perfumes e partir para São Paulo, onde foi aprovada na seleção e viajou para a Argentina. O cachê foi ganho, mas o trabalho terminou e novamente ela se viu lutando para sobreviver. 
Depois de muitas dificuldades, surgiu uma nova chance, de novo na Argentina, para onde ela foi de ônibus, participar da montagem teatral de “A bela e a fera”. Em seu eu papel ela dançava e cantava emplayback. O esforço valeu a pena, já que coreógrafo do espetáculo era Sylvio Lemgruber, o mesmo do balé do Faustão, onde Carol está há mais de sete anos. 
Mas em 2009 o destino a fez passar por outra experiência desagradável. Depois de quatro cirurgias mal sucedidas em razão de erros médicos, Carol teve que retirar um dos rins. Mas ela superou e voltou à luta. Como não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe, ela foi escolhida por Fausto Silva para trabalhar junto à plateia.
Mas ela não se acomoda. Está estudando teatro na "Casa das Artes de Laranjeiras", além de se preparar para cursar uma faculdade de comunicação. A moça, espero, vai longe!











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