O quanto você é nerd? Não, isso nunca seria um daqueles
testes do Facebook para saber se é um animal ou personagem famoso. Na verdade,
essa pergunta me veio à cabeça dias atrás por um fato curioso. Já o citarei só
que antes acompanhem comigo: nós caracterizamos um nerd como sujeito que curte
certos tipos de gostos não tão sociáveis, ou que são viciados por determinado
assunto. Na verdade o conceito foi fraco que usei aqui, só usei como um exemplo
tosco. Muitas vezes, visualmente você nota isso com um cara que use camiseta de
uma banda de rock, game, anime ou filme, meio gordinho, com cara de bobo –
óculos opcionais – e cabelos curtos. Ou não, pois isso também seria opcional.
Porém, isso não é uma questão de moda. E sim de alma.
Dias atrás, quando fui entregar fotos para um amigo, ele me
pediu para esperar na sala. No lugar estavam sua mulher e filha jogando Mortal
Kombat 9. Faziam algo que se chamava Desafio da Torre. Naquela parte do jogo
tinham que derrotar um zumbi com Jonhy Cage antes que o empurrassem contra o
canto da tela. Até ai, tinham tentado vencer várias vezes. Perguntei quantas.
Tinham sido umas quinze eu acho. Falei se elas tinham feito algumas seqüências,
um combo. De repente me passaram o controle do videogame. Na segunda tentativa
passei aquele desafio.
Muitos poderiam dizer que elas poderiam estar cansadas ou
outras coisas, mas em seguida fui passando rapidamente os desafios. Quase
sempre em duas ou três tentativas. E olhe que não sou tão bom em jogos de luta
(QUALQUER SER VIVO pode me dar uma porrada em Street Fighter, até uma lesma).
Mas contra o computador, até que me sai bem. O motivo? Criei então o conceito
de DNANerd.
Veja bem, você pode estar completamente diferente do
estereotipo de nerd que citei antes, ok? Porém, dentro de você uma chama de
gostos fora do comum lhe consome por dentro (Uiii!). Conheço gente que são
verdadeiros playboys, ou marombeiros, pagodeiros ou quaisquer tipos de pessoas
que não se encaixam em um padrão de fanático de Star Wars. Só que, há de quem
citar o nome errado do personagem favorito dos livros relacionados com a
franquia. Ele morrerá com um sabre de luz, cortando a garganta do dito cujo
infeliz.
É mais que só possuir roupas ou mero modismo. Em
alguns pontos, temos um fanatismo e conhecimento inerente em algum ponto de
nossa alma. Ao ponto de aprendermos os preceitos jedi, aprender uma língua como
quenya ou klingon, assistir animes e séries baseadas em quadrinhos, discutir
sobre tudo isso e tratá-los como assunto sério.
Estranho? Sim. Pois somos nerds. Podemos ser pais de família, viajantes,
professores, pesquisadores, pedreiros, ou até um mero estudante... Mas dentro
de nossa alma, ainda existe uma vontade inerente de falar sobre um assunto que
amamos. Pois faz parte de nossa personalidade. Mesmo que muitas vezes nós a
neguemos. Nem muito, nem pouco. O quanto se acredita nisso.
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