Issac Asimov |
-Um robô não pode causar mal a um ser humano ou, por omissão,
permitir que um ser humano sofra qualquer mal - Primeira Lei de Asimov
Osamu Tezuka, grande pai do mangá como o conhecemos hoje em dia, deve
ter bebido um pouco das obras de Asimov. Isso pode ser visto em Astro
Boy.
Astro é um garoto robô, revitalizado por um bondoso cientista, com a
finalidade de colocá-lo ao dispor da humanidade. O que o autor usou foi
um roteiro mas certeiro: o criador original de Atom (nome original do
personagem principal no Japão) queria criar um ser semelhante ao seu
filho falecido. Alguém ai se lembrou de A.I. de Steven Spielberg? Pois
é...
Nem entrei no mérito das habilidades especiais de Astro (100 mil cavalos
de força, foguetes e armas embutidas), pois o que realmente importa é o
desajustamento dele diante os humanos, que jurou proteger. Um típico
conto moderno de Pinóquio, em que se busca a própria humanidade.
-"A flor de cerejeira é a primeira das flores, assim como o guerreiro é o primeiro dos homens".
O poema japonês, indica o código de conduta dos soldados nipônicos treinados para lutarem até a morte. Não é desconhecido da grande maioria, que a Segunda Guerra Mundial, mesmo sendo uma grande tragédia, inspirou alguns dos mais famosos autores em diversas areas (como citei anteriormente, J.R.R Tolkien e Osamu Tezuka são alguns deles). Mas sempre houve homenagens para aqueles que deram suas vidas na guerra. Um modo claro de se ver isso é a obra Yamato. Num planeta Terra devastado pela própria estupidez humana, a salvação se encontra no espaço. Sem possuir uma nave, resta usar um submarino da Segunda Guerra com o nome de Yamato. Para muitos, pode parecer tolice usar a carcaça de um veículo marinho destruido, mas não para os valores japoneses. Yamato afundou em 1945, levando consigo valorosos homens, que poderiam muito bem ser tratados como "samurais modernos". É possível notar isso até mesmo nas personalidade dos protagonistas e antagonistas que encarnam os valores típicos da época. Muitos gostam de Yamato pelos combates espaciais, eu pela demonstração de orgulho que os japoneses possuem por sua história. Seria bom se os brasileiros copiassem ISSO dos orientais!
O poema japonês, indica o código de conduta dos soldados nipônicos treinados para lutarem até a morte. Não é desconhecido da grande maioria, que a Segunda Guerra Mundial, mesmo sendo uma grande tragédia, inspirou alguns dos mais famosos autores em diversas areas (como citei anteriormente, J.R.R Tolkien e Osamu Tezuka são alguns deles). Mas sempre houve homenagens para aqueles que deram suas vidas na guerra. Um modo claro de se ver isso é a obra Yamato. Num planeta Terra devastado pela própria estupidez humana, a salvação se encontra no espaço. Sem possuir uma nave, resta usar um submarino da Segunda Guerra com o nome de Yamato. Para muitos, pode parecer tolice usar a carcaça de um veículo marinho destruido, mas não para os valores japoneses. Yamato afundou em 1945, levando consigo valorosos homens, que poderiam muito bem ser tratados como "samurais modernos". É possível notar isso até mesmo nas personalidade dos protagonistas e antagonistas que encarnam os valores típicos da época. Muitos gostam de Yamato pelos combates espaciais, eu pela demonstração de orgulho que os japoneses possuem por sua história. Seria bom se os brasileiros copiassem ISSO dos orientais!
-"Eu me transformo em um pássaro. Que voa com as asas machucadas sobre o
mundo tão selvagem" - Ai wa Ryuusei música do anime Gundam Wing.
Talvez um dos maiores sucessos no quesito robôs não seja exatamente uma
inteligência artificial criada para parecer humana ou uma nave espacial,
mas sim os mechas (robôs tripulados). E seu maior nome até hoje é
Macross (conhecido nos Estados Unidos como Robotech.
A história inicial é simples: os humanos tem que impedir a invasão de
uma raça alienígena chamada zentraedi. Isso ocorre enquanto se
desenvolve um triângulo amoroso entre o piloto Hikaru, a tenente Misa
Hayase e a cantora pop Linn Minmay. Aliás ela que canta a música tema
"Ai oboete imasu ka" (Você se lembra do amor) dublada por uma famosa
seiyuu do Japão na época, Mari Ilijima, que até hoje é adorada por lá.
A guerra ocorre enquanto todo esse triângulo acontece, trazendo mais
amores e paixões latentes: imaginem Top Gun versão anime... é por ai...
A história deu um dos principais pontapés para séries como Gundam, Neon
Genesis, Evangelion, Escaflowne, Code Geass, entre outros que surgiram.
Além dos famosos mechas que mudam de forma (que eu tenho costume de
chamar de "transformers"). E isso influenciaria até o live actions
japoneses... Tá nem tudo que veio disso foi bom, fazer o que...
-Um robô deve proteger sua própria existência , desde que essa
obrigação não entre em conflito com a Primeira e Segunda Leis - Terceira
Lei de Asimov.
Que o japão é conhecido por um desenvolvimento tecnológico, muitos
sabem. Um país onde a tradição anda junto com coisas como a robôtica. E
um grande autor com essa temática em seu trabalho é Masamune Shirow.
Algumas de suas obras mais conhecidas são Black Magic e Ghost in the
Shell. Vou citar mais a segunda, mais conhecida por aqui.
A ambientação cyberpunk tem como protagonista a major Makoto Kusanagi.
Ela é uma ciborgue quase completa, mantendo somente seu cérebro
orgânico. Liderando uma força especial em um Japão futurista, enfrenta
situações onde os limites humano/máquina são questionados.
Deu pra sentir o clima né?
Aqui aparece uma coisa parecida com Astro Boy, mas no sentido inverso. A
personagem nasceu humana mas pouco a pouco vai se tornando mais
máquina. Não é algo tão parecido, mas é mais simples de se entender.
Autores como o já citado Tezuka,
sempre gostaram do tema ficção científica. Tanto que é sempre usado em
suas obras mais conhecidas, e vez ou outra, surgem subtipos dessas
histórias: robôs, aliens, viagem no tempo, entre outros.
Isso inspirou vários autores. O que nos leva a lembrar do meu post
anterior com nomes de obras maravilhosas como Ghost in the Shell
(Masamune Shirow), Macross (ao qual recomendo que procurem obras
desenhadas por Haruhiko Mikimoto) e Gundam. Mas não foi só Osamu Tezuka
quem inspirou as gerações atuais de desenhistas japoneses. Vamos viajar
pelas estrelas!
-"Espaço... A fronteira final"
Poucos aqui do Sarjeta conhecem essa série (talvez ninguém, além de
mim). Mesmo eu só assisti três episódios em VHS. Está pensando que vou
comentar sobre Star Trek? Até poderia, mas vou falar de A Lenda dos
Heróis Galácticos, como algumas das melhores obras. A obra surgiu de uma
série de livros que rendeu mangás e OVAs, criados por Yoshiki Tanaka, O
enredo da história trata de dois personagens: o almirante Yan Wenli dos
Planetas Livres, que tenta proteger a Aliança dos ataques imperiais; e
do comandante Reinhard Von Lohebgramm, que busca vingança contra o
imperador e um dia pretender tomar seu posto em Das Reich.
Além do uso de ideias clássicas de guerra nessa história e algumas até
de filmes (uma "aliança rebelde" contra o "império do mal" com nomes de
teor fascista? Já ouvi isso antes...). A Lenda dos Heróis Galácticos
traz também combates fantásticos! Batalhas colossais, o uso de gravidade
de um planeta, se aproveitar de um buraco negro ou outras coisas do
gênero são usados para favorecer os dois lados do conflito (isso me
lembrou uma certa enterprise... que coisa!).
-"No espaço, ninguém pode te ouvir gritar"
Quem falar Goku como exemplo de alienígena eu juro que puxo o pé a
noite! Sério. Voltemos para a Patrulha Estelar (ou Yamato). Além do fato
de ter citado o patriotismo que esse anime/mangá possui, a obra também
possui aliens.
Lembrando que a história de Yamato foi sempre alvo de empresas
interessadas em aproveitar os diversos enredos, dela foram feitas várias
obras com temática diferentes. Vou colocar uma que os fãs adoram.
Em uma história situada no futuro, a Terra está sob o domínio dos
Gamilons, que utilizam a radioatividade para dominar o planeta. Em
função disso, os humanos vivem em subterrâneos. Quando uma raça
alienígena oferece ajuda aos terráqueos, uma tripulação é enviada ao
planeta Iskandar com o objetivo de buscar a tecnologia necessária para
destruir os Gamilons. Mas um dos destaque dessa versão é o vilão, que na
primeira obra série é um inimigo, para após ver o valor da humanidade, se
unir a eles em suas aventuras.
-"It's alive! IT'S ALIVE!"
Vou contar a vocês uma linda história. Era uma vez, na Terra, um
bando de alienígenas malignos que produziram uma arma genética perigosa e
poderosa. Seu nome era Unidade Guyver. Ela é como uma armadura que
surge quando acoplada a um ser vivo que possui perceptor de alta
sensibilidade, bolas de metal nas laterais que detectam inimigos,
espadas de ondas com alta vibração que saem dos cotovelos, defletores de
raio laser, duas unidades de energia que ficam no peito e soltam um
mega-raio (E você achou que só Tony Stark tinha isso? Pense de novo!),
capacidade regenerativa, além de ter aumentada a sua força natural em
100 vezes. E como toda boa história japonesa, ela cai acidentalmente nas
mãos de um rapaz.
Além de mostrar histórias sombrias, Guyver (nome da obra), mostra
mutações genéticas de diversos tipos. Mas diversos tipos mesmo! Mas eu,
sinceramente prefiro os tokusatsus clássicos para enredos que tratam de
genética. Ainda adoro ouvir, "HENSHIN!" e "Kamen... Rider... Black!"
P.S.: Guyver deve uma versão em filme hollywoodiano que não fez tanto
sucesso quanto o anime e mangá, mas que contava com nomes como Mark
Hamill, o eterno Luke Skywalker. Para azar dele, ele era um tira que é
pego pelos alienigenas e transformado em um grilo gigante monstruoso.
Bizarro...
-Não é possível mudar o tempo.
As pessoas mais esclarecidas vão falar, "mesmo que pudesse viajar no
tempo, não mudaria nada", mas antes de obter tal perspectiva, com
certeza elas deveriam querer fazer isso. Mudar a linha do tempo para
conseguir que algo estivesse de acordo com os seus desejos. Uma das
obras que melhor fala disso é A "Máquina do Tempo" de H.G. Wells (que
também escreveu "O Homem Invísivel" e "A Guerra dos Mundos"), porém vou
falar de um anime com uma temática parecida com o primeiro livro citado.
Makimura Koutarou decidiu, este vai ser o verão. Ele vai dizer a garota de seus sonhos, Serizawa Kaho , como
ele se sente sobre ela. No entanto, um encontro casual com uma mulher
estranha, conhecida simplesmente como Ligene, manda Koutarou ao futuro,
após as férias de verão terminarem, e as coisas não são como ele
imaginava que elas seriam. Lá, ele descobre que Kaho morreu tragicamente
em um acidente de trânsito depois de se tornar sua namorada! Agora ele está em uma missão para salvar Koho de seu destino infeliz, mas não vai ser fácil. Ele
está preso em um fluxo de tempo, viajando para diferentes momentos
esporadicamente, tendo que ajudar outras pessoas no caminho, a fim de
finalmente mudar o seu destino. Esse é o enredo de Hourglass of Summer.
Seja uma história falando de
robôs, aliens, viagens no tempo e genética, a ficção científica é uma
das mais belas (ou no mínimo interessantes) categorias de animes/mangás.
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