quarta-feira, 12 de outubro de 2016

O que representa o Batman para mim. E o motivo dele, não matar.



Bem o Batman criado por Bob Kane matava. Tanto que o primeiro grande vilão dele, Dr. Morte, foi sua primeira vítima. Lá nos Anos Dourados dos quadrinhos (anos 50 e 60), porém, com o avanço das editoras, passando pelos Anos de Prata, muitas mudanças ocorreram. Especialmente pois nos anos 70 os escritores e desenhistas viajavam muito na história. Isso ficou solidificado com Crise nas Infinitas Terras. 
Nessa saga o Batman foi estabelecido com vários fatores que perduraram. Entre eles seu ar mais sombrio, um lado mais de detetive. E acima de tudo NÃO MATAR NEM USAR ARMAS DE FOGO.

Isso fica ainda mais claro em HQs como Ego, no qual Bruce Wayne vê o seu alter-ego como um fantasma que lhe assombra, sendo que se ele usasse armas poderia salvar mais vida. Mais ai, ele pensa como seu pai, Thomas Wayne, um médico, seria plenamente contra isso. Isso quebraria todo o legado do Batman.
Até mesmo em graphic novels como a aclamada de Grant Morrison, Asilo Arkham, ele entra dentro do instituto e não mata ninguém. Pois acima de tudo, ele não quer se igualar a ele.
Ou quem sabe os jogos da WB como Arkham Asylum, Arkham City, Arkham Origins e Arkham Knight, mostra que ele é muito mais que um herói. Um mito. Uma coisa inalcançável. Ou talvez algo difícil pois ninguém alcançaria o grau de sua força. Ao ponto de sua herança continuar mesmo após sua “morte”.
Nos filmes, até os com Tim Burton na direção, o Batman (interpretado por Michael Keaton) chegou a matar. Quando ele joga o bandido que viria a se tornar Coringa (interpretado por Jack Nicholson) no tonel, é visível um ar de derrota pois ele não queria isso. Sim, tem um monte de explosões e acontecimentos sem previsão, mas pode ter certeza que são coisas que o Batman faria sempre com algo que no máximo nocautearia ele.
Prova maior disso é a obra de Nolan, Batman Begins, Batman Dark Knight e Batman Dark Knight Rises. Ele deixa o Coringa vivo! Um sociopata, que quase fez um genocídio na cidade. Que conseguiu corromper o espírito de Harvey Dent! Mesmo com Bane que quebrou seu orgulho (e costelas) ele ficou mais preocupado com a cidade, que não aproveitou e tentou matar o vilão. O espírito do personagem sobrepuja sua raiva. Aliás, essa cena é praticamente uma homenagem a saga A Queda do Morcego.

Pode até falar do filme de Zack Snyder, Batman v Superman: O Despertar da Justiça. Mas lembre-se: essa é uma interpretação do diretor. Válida e boa, mas ainda assim, a quantidade de ofensas que o Zack escuta é imensa.
Assim como amo o personagem Homem-Aranha, amo o personagem Batman. Tenho várias sagas dele. Ele não é um símbolo de realidade. Mas de como a justiça deveria ser, uma utopia para muitos de nós. Eu nem ligo quando falam de história para mim e ignoro muitas vezes sobre outras coisas. Mas HQ... Isso é meio que sagrado. Lembro que minha primeira revista foi A Teia do Aranha número 103 na horrível Saga do Clone. Minha última foi Guerras Secretas 2 e 3 que são horríveis, mas poderiam ter sido tão melhor. Meu senso crítico quando a isso é chato.



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