terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Como Attack on Titan manipula sua visão sobre Eren: o fascismo que não enxergamos no começo

Sabemos que com a ascensão do nazismo na Alemanha, antes da Segunda Guerra Mundial, no Japão algo parecido acontecia. Que os japoneses seriam o povo escolhido, e isso daria a eles o direito de invadir outros países. E fazer isso com requintes de crueldade, não apenas com a violência física, ao ponto de matar e até mesmo abusar das pessoas de outras nações.
E vemos isso em um mangá, que virou anime depois. Mas foi feito de um modo tão inteligente, que ninguém notou que isso foi feito de um modo que o protagonista que quer acabar com todos é um herói. Só relembrando, ser o personagem principal não significa ser bondoso. 
Se trata de Attack on Titan, ou em seu idioma original Shingeki no Kyojin. E o seu autor Hajime Isayama demonstra um certo ressentimento com o fim da Segunda Guerra Mundial. Não de um modo saudável, pelo que notamos.
Com a obra, ele demonstra um fascismo japonês, querendo fazer o Japão se parecer de vítima, sendo que ele foi um dos membros do Eixo.
Notem que como o Japão de 1930, a sociedade que é mostrada é nacionalista e com um discurso militarizado. Eles falam que tudo que é de fora é ruim e deve ser combatido, pois isso, na história se reflete nos titãs. Pois como seres irracionais e cruéis (sem consciência) é fácil os odiar. Um paralelo a xenofobia japonesa que existia e ainda existe por lá.
No caso da realidade, os estrangeiros eram principalmente os coreanos e chineses. Haviam outros, mas esses serão os principais alvos da nação japonesa. Só lembrando que o Japão chamava os de fora, como "gaijin" (demônio estrangeiro). Ao ponto de fazerem competições para ver quem matava mais! Não apenas soldados, mas civis! Assim, eles "purificariam os demônios estrangeiros".
Só lembrando que desde cedo eles são treinados para essa nobre causa. Sabendo que poderiam jamais voltar para casa, como os kamikase.
A narrativa muda muito, quando Eren se torna um titã. Pois descobrem que o "inimigo" não era tão inconsciente quando imaginava e que o mundo pode não ser tão claro quanto acreditavam. Há titãs infiltrados entre eles, existe corrupção naquela ilha (lembrando, que comparamos ao Japão aqui). Mas descobrem que o "governo principal", se podemos falar assim, é quem criava esses "monstros", tudo para ter controle sobre a população. E esse domínio se deve a manipulação genética, algo que o Japão, assim como a Alemanha, antes e durante a Segunda Guerra Mundial, fez.
Isso é muito a cara do fascismo: manipular informações para fazer parecer a vítima no contexto histórico. Houve nesses últimos anos, a comparação descabida com fatos para gerar uma vitimização de pessoas no poder ou que não concordam com determinado assunto. Como de: o antigo Ministro da Educação brasileira, Abraham Weintraub; a atriz Gina Carano (The Mandalorian) e Donald Trump. Lembrando que TODOS esses três citados foram protagonistas de atitudes consideradas criminosas, mesmo quando eram apenas suas opiniões (que na verdade, podem e devem ser consideradas criminosas).
Mas segundo a história e a obra, há uma justificativa para tudo isso. Enquanto Eren se torna uma força sobrenatural, ressaltando sentimentos nacionalistas ligados a ele. Nos remete a um certo fuhrer? Pois quando descobrem que vivem na verdade em uma ilha, a meta deles passa a ser genocídio! Pura e simplesmente!
Os eldianos, ao qual o povo que vivia nas muralhas pertence, foram subjugados pelos marleyanos. Um processo que faz parecer que se trata dos judeus sendo torturados pelos alemão, pelas pistas. Tais como as roupas com uma marca, simbolizando que eles são de outros povos, ou o tratamento desumano a esses primeiros. Mas isso se perde, se notarmos que esses símbolos na Segunda Guerra Mundial, mesmo ficando em pessosas de origem judaica, na verdade não eram os únicos. Ciganos, de outra religião que não a católica, gays e soviéticos, também tinham esses signos, só que de outras cores. Olha a vitimização aqui.
E lembrando: o Japão foi aliado da Alemanha, na Segunda Guerra Mundial. Então, os marleyanos não são só os alemães, mas sim os outros povos estrangeiros como China, Coreia ou até os Estados Unidos da América e Inglaterra.
Lembrando que apesar da violência dos japoneses sobre outros povos, eles ignoraram isso. Tanto que foram o último país a se declarar como perdedor, por não acreditarem. E jamais tiveram atitudes relevantes sobre isso, para arrumar o mal que causou. A prova disso, é que até hoje, na Coréia do Sul, são proibidos símbolos que remetam ao Japão (como um kabuto, capacete japonês, em um dos episódios de Pokemon, que não passou por lá).
Todo o contexto de Attack, nós faz acreditar que o Japão era um povo oprimido, sendo que na verdade, ele se alia - no mundo real - aos antagonistas: Alemanha e Itália. Só relembrando que essa ideia de raça superior, que teria uma consciência maior, tecnicamente, era defendida por Adolf Hitler. No final, Shingeki no Kyojin cria uma narrativa de extermínio de outras nações e etnias, além de manipular nossa visão para termos uma simpatia por quem causou o extermínio.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Quando o cosplayer não faz o jeito certo de competir

Eu estou para ver um assunto que rende mais polêmica do que cosplays, dentro e fora do Brasil. Quando escrevi sobre alguns cosplays por aqui, só faltavam me bater na rua (ou coisa pior), mas a galera faz muito alvoroço sobre esse assunto. As vezes com um sentido, outras vezes não. Os últimos que vi, não tinham muito sentido.
Um dos casos foi o da Luisa Roma (a 2B do Rabetão) que foi uma falha da apresentadora, que pediu desculpas pelo erro. Tudo porque não tinha entendido que a personagem tirava uma parte de seu figurino, para ficar daquele modo, como no game. Não uma tentativa de apelo sexual, por exemplo. Outro foi quando uma cosplayer fez a Tatsumaki (de One Punch Man), mas com roupa de bunny girl. Uma tendência que acontece muito no Japão com personagens, como com Bulma em Dragon Ball. Aqui podemos ter dois fatos: bunny girl pode ter sido associado famosa revista Playboy, que continha fotos eróticas e com pornografia infantil, pedofilia, por acharem que se trata de uma criança. Porém, quem faz as fotos é uma mulher baixinha. Seria até engraçado, se não fosse triste uma pessoa ser confundida por gente que nem vê direito sobre isso.
Agora, um novo caso, mas que creio eu faz muito sentido de terem ido contra. E é quase um caso inverso, ao da cosplayer de Tatsumaki.
Uma cosplayer de Brasília, Menina Nara ( @menina_nara ) faz muitos cosplays da linha infantil, como Dragon Ball, Naruto e One Piece. Quase sempre indo para um lado mais sensualizado, o que até então não é tão estranho. Temos casos de gente que faz isso como Bunni Black (ou Wreck It Ronnie), Lucid Belle, Kay Bear, Jessica Nigri e Daniela DeNicolla. O problema é que esse conteúdo dela é voltado para público infantil.
A polêmica que foi divulgada, é que quando essa moça não ganhava um concurso, pois a bancada seria racista. O que não faz sentido, pois quando acusou um dos jurados, ele foi quem lhe deu a maior nota.
Agora, em recente evento de carnaval, ela participou e printou uma foto da vencedora. E escreveu "Eu perdi para ela, mas vida que segue". Como se tivesse sido algo injusto com ela.
No TikTok, a Airi ( @vanderhorst_cosplay ) citou uma outra cosplayer, a Kami Jupiter, de Brasília e negra. Que ganhou diversos concursos.


domingo, 12 de fevereiro de 2023

Cosplay da Tatsumaki (One Punch Man) gera Polêmica por ser Baixinha

Cosplay da Tatsumaki gera polêmica por ser baixinha, justamente o PONTO da personagem original! Mais uma vez um caso de pessoas que não conseguem diferenciar uma pessoa adulta de uma criança, uma cosplayer chamada Yuki que tem 22 anos publicou uma foto sua fazendo cosplay da personagem Tatsumaki do anime One Punch Man.
Tatsumaki na história do mangá é uma adulta baixinha, então é um cosplay perfeito para Yuki, que ao lado de Rowsvee fez cosplay de Fubuki, que é a irmã mais nova da Tatsumaki.
As duas usaram roupas de bunny girls para o cosplay.
Algumas pessoas acharam que a cosplayer da Tatsumaki fosse uma criança em uma roupa de bunny girl. a cosplayer tem na verdade 22 anos.
Como você pode ver pela foto, Yuki é bem baixa, enquanto que a Rowsvee é uma mulher bem alta do seu lado.
Após a foto ser publicada na rede social de Yuki, ela recebeu alguns comentários do pessoal criticando sua foto, se perguntando porque uma “criança” estaria usando uma roupa de bunny girl.

Alguns comentários:

  • “Polícia Federal, façam alguma coisa imediatamente antes que o pior aconteça”
  • “Que tipo de pedofilia é esse?”
  • “Porque eu sinto que isso é ilegal?”
  • “É uma criança?”
  • “Isso é truque de câmera ou apenas uma mulher baixinha?”
  • “A segunda garota é uma criança e eu não consigo ver nada além”
  • “Essa garota na direita parece ser muito jovem”
  • “Literalmente pornografia infantil, porque ninguém está denunciando esse post?”

Yuki ficou irritada com esses comentários e publicou a seguinte mensagem posteriormente:
“Me desculpe por ser baixa, eu não sabia que apenas crianças poderiam ser baixas, desculpa pessoal, eu vou ficar mais alta”
Apesar das reclamações, ela recebeu muitos comentários apoiando ela:

  • “Pessoas chamando isso de pedofilia é que é o problema”
  • “Algumas pessoas não entendem que mulheres baixinhas existem. Talvez essa seja a razão do porque eles são solitários e miseráveis”
  • “Se você vê uma criança sendo sexualizada quando você vê um adulto baixo, você é o problema”
  • “Twitter sendo normal sobre mulheres baixinhas novamente”

Aparentemente essas pessoas nunca irão aprender.

sábado, 4 de fevereiro de 2023

Pratos típicos japoneses (parte 1)

Okonomiyaki é preparado a partir de uma massa de farinha e leite, especialmente se for a moda de Hiroshima. Levando bacon, repolho, broto de feijão, cebolinha, macarrão, ovo e finalizado com molho adicionado e aonori (alga em pó).
Karashi renkon é um prato típico da província, preparado com a raiz de lótus (renkon). Recheada com uma mistura de pó de mostarda japonesa (karashi) e missô, a raiz de lótus é envolvida com molho especial e frita.
O damakko nabe é típico de Akita. As bolinhas de arroz assadas (damakko) são servidas em caldo quente de galinha caipira, kombu e shoyu, com pedaços de frango, cogumelos, bardana, konnyaku e cebolinha.
Alguns outros pratos típicos, como petiscos, são goheimochi (bolinho de arroz grelhado com cobertura de missô com nozes), takoyaki (bolinho recheado com polvo) e keichan domburi (frango e repolho ao molho de missô e arroz).
O daisen okowa é um prato típico da província, leva arroz temperado com especiarias. Já o gyudon é uma tigela de arroz servida com carne wagyu (carne bovina japonesa) com tempero especial.
O imoni é um prato típico da província de Yamagata, que leva carne bovina, inhame, konnyaku, shimeji e cebolinha, servido em caldo à base de shoyu.
Sanriku wakame udon é uma sopa feita com caldo com danshi, macarrão do tipo udon, coberto com bastante wakame (alga) da região Sanriku (na costa oeste do Oceano Pacífico), famosa pela natureza e pesca.
Hijiki okowa é um arroz (do tipo mochigome, mais glutinoso) cozido no vapor, com algo hijiki, raiz de bardana, cenoura e cogumelo shitake com tempero suave de shoyu e outros condimentos.
Katsuo no takaki é o prato mais consumido na região de Kochi. Os filés de peixe bonito são levemente grelhados e acompanhados de um molho especial.
O udon é um tipo de macarrão japonês, servido com caldo quente com dashi, shoyu e mirin, coberto com narutomaki (pasta de peixe), omelete, age (tofu frito), shitake, cebolinha e cenoura.