domingo, 22 de janeiro de 2023

Bayonetta e Devil May Cry: irmãos de criação... Ou será que não?


Apesar de terem um enredo parecido, ao menos em seu começo, Devil May Cry e Bayonetta não são em muitos aspectos parecidos. Mas é em suas origens que isso difere. Apesar de terem algo em comum aí...
Devil May Cry:
Devemos nos lembrar que o game é feito pela Capcom. A mesma produtora de Resident Evil. E que as mídias audio visuais (filmes, séries, clipes, entre outros) que usam de referências literárias para compor suas histórias e enredo. Nesse segundo ponto, devemos nos fixar na Divina Comédia, saga de livros divididos em Inferno, Purgatório e Paraíso.
O game surgiu em 2001, pelas ideias de Hideki Kamiya, que desde cedo estudou programação. Como a Sega, Namco, entre outras. Mas só em 1994, a Capcom abriu suas portas para o jovem programador. E junto de um, também jovem, Shinji Mikami.
Hideki produziu o segundo Resident Evil sozinho, praticamente. 
A Capcom estava produzindo coisas diferentes. Dos arcades, eles se focaram em Resident Evil, mas Hedki deve suas ideias rejeitadas por Mikami. É dito que eles não se bicavam... E nessa época, o segundo trabalhava em Resident Evil 4. 
Sem o game RE, que era um survival horror, Kamiya tinha em mãos um game, de ação, com visuais góticos um tanto parecidos com o game de Mikami, mas um pouco diferente. Ele só usou a primeira parte da Divina Comédia, de Dante Alighieri. E não somente a temática infernal, mas os nomes de personagens no começo (Dante) e os que vieram depois (Nero, Vergil de Vírgilio).
Dante é o filho de um demônio que era bom, Sparda, com a humana Eva. Ele morreu muito tempo atrás, de uma forma misteriosa. Ao qual, isso pode ter sido culpa do vilão infernal Mundus. De qualquer forma, o guerreiro de cabelos brancos cresceu para enfrentar forças demoniacas. E ele é diferente de todos os tipos de heróis até então: cômico, poderoso e sabe disso, e todo do estilo rock. Se a ambientação é da Divina Comédia, com seu mundo cruel, o protagonista é baseado em Cobra, do mangá de mesmo nome.
Mas o nome do game, que se deve a loja que Dante tem no game. Só que seu nome provém da extrema tristeza que ele guarda em seu coração, tentando fazer o bem... Por um preço justo, para não fechar as portas.
E podemos notar tudo isso na câmera (meio fixa como Resident Evil), nos combos (extraídos de Onimusha Warlords) e na personalidade do protagonista (como em Cobra).
Bayonetta:
O game pode ser parecido de certa forma com seu "irmão". Pois além de ser um hack'n slash, pois quem popularizou o gênero foi Devil May Cry. Mas devemos ver as coisas óbvias de diferente entre ambos: uma bruxa, poderosa e voluptuosa, que usa suas pistolas e charme para combater criaturas celestiais, abrindo portais a seres das trevas. Com exceção das pistolas, nada parecido com o Dante. 
A Platinum Game é parte responsável por seu surgimento, mas foi um estúdio menor que trouxe a luz esse game. O Clover Studio. Que surgiu dentro da Capcom. E eles foram responsáveis por Viewtiful Joe, God Hand, entre outros. 
E cada membro ficava livre dentro do estúdio, para criar games do jeito que queria, de tempos em tempos. Por isso, os games falados são tão diferentes entre si. E não ficavam apenas em uma franquia, mesmo vendendo mais para o Japão.
Na verdade, o estúdio acabou, e eles foram para a Sega. Onde criaram games como Mad World, Vanquish e Bayonetta. É bizarro imaginar que o game ligado atualmente a Nintendo, foi criada por sua concorrente. 
O que eles queriam era um protagonista diferente de Dante. Não um galã, mas sim uma figura que fosse o oposto, não apenas em sua origem. Possuindo armas de fogo, não apenas nas mãos, mas nos pés! E para criar seu aspecto, chamaram a artistas Mari Shimazaki. E Kamiya, sim o mesmo de Devil May Cry, responsável pelo grupo de produção, decidiu que ela usaria óculos.
A Sega queria retirar esse item dela. Kamiya se recusou. E os personagens principais começou a ter óculos em algum momento do gameplay. 
Bayonetta é uma bruxa umbra. Pois ela seria nascido de Lumen Sage e Umbra Witch, como Cereza, nome verdadeiro da protagonista. Ela é a criança proibida, segundo o mundo do jogo. O pai dela foi exilado e sua mãe presa. Isso estimulou a guerra entre os dois clãs de seres místicos.
Mesmo que a menina tenha sido proibida de aprender magia, foi ensinada mesmo assim. E renegada entre os seus. Possuí o umbra watch.
Depois de alguns combates por conta da entidade Jubileu, Cereza é selada no Umbra Watch. Encontrada 500 anos depois, no fundo de um lago por Antonio Redgrave (Redgrave era o nome que iria ser dado a DANTE, em Devil May Cry, em seu começo).
Ela acredita ser uma das poucas bruxas umbra sobreviventes e dedica sua vida a matar anjos e recuperar sua memória. E para lutar, usa expressões sexuais, para realmente provocar e humilhar seus inimigos. Lembrando que suas vestimentas são feitas dos fios de cabelos dela mesmo!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

Chainsaw Man, Guilherme Briggs e o fandom: o futuro não é nem um pouco "pica"

Chainsaw Man é um dos atuais sucessos em mangá e, mais recentemente, em anime. Entretanto, surgiu uma treta tão imbecil que demonstra como o problema de fandom (que já tratei algumas vezes) está só crescendo nos últimos anos. Pois nesse caso, o problema está no fato de que os fãs querem decidir algo que cabe a diversos outros grupos. E no final se usam de métodos nem um pouco ortodoxo. Para falar a verdade, eles chegaram até ser violentos. Contra um dublador famoso: Guilherme Briggs.
Bem, vamos primeiro a trama do anime.
Chainsaw Man é uma história onde demônios existem. Eles fazem pactos, muitas vezes, com humanos. O protagonista, Denji, faz um pacto com uma criatura sem querer desses diabos. O detalhe é que ele seria o Demônio da Motosserra, que é um dos mais perigosos deles. Já que ele seria o único que seria poderoso o bastante para fazer alguns desses seres malignos morrerem definitivamente. Uma história que está ganhando muita fama por ser BEM violento. Só que é "meio-shonen", o que faz os jovens amarem como uma obra-prima. O que não é. É bom sim, mas não é essa coisa toda.
Independente disso, temos que focar no problema. A "pica".
Uma das coisas que os demônios fazem são pactos. Assim, concedem habilidades ou benefícios aos humanos que aceitam esses tratos. E um deles, que é um caçador de demônios chamado Aki, precisa fazer novo acordo com o Demônio do Futuro. É aqui que começa o problema.
Na tradução mais fiel, o Demônio do Futuro, diz algo como "O futuro é ótimo". Mas em um grupo de tradutores, não oficiais, os caras colocaram uma tradução mais "livre", com "O futuro é pica". O mangá, assim como o anime, é violento, mas os japoneses tem um certo controle meio bizarro sobre determinadas coisas em seu país. Note que estamos falando do Japão, que permite uma obra como Chainsaw Man ser publicada (por ser ilustração, creio eu), mas não permite um game como Callisto Protocol.
Enfim, a Crunchyroll quis a dublagem para o nosso país, como de costume. Um dos nomes chamado para isso era o de Guilherme Briggs. Só a voz de diversos queridos personagens como Superman (dos desenhos de Bruce Timm, Henry Cavill, entre outras), Buzz Lightyear (ao menos dos filmes de Toy Story), Rei Julian (de Madagascar), Han Solo (da última versão de dublagem), Marvin o Marciano (Looney Tunes), Mickey Mouse, Optimus Prime (a partir do primeiro filme de Transformers), Cosmo (de Os Padrinhos Mágicos), Freakzoyd, Samurai Jack, Ele (a primeira versão das Meninas Super-Poderosas), Eek The Cat, entre tantos outros. Então ele tem muita noção do mundo das vozes para animes, filmes, séries e desenhos animados.
Então, com a dublagem decidida, Briggs preferiu não colocar o "pica". Primeiro, eu creio que deve ter sido uma decisão, não apenas de Guilherme, mas dos empresários japoneses ou da própria Crunchyroll. Como mostrei, no Japão, eles podem ver sangue e cabeças voando no anime, mas não deixam pelos pubianos em cenas de sexo em pornôs orientais. Segundo, não é necessário só por conta que um grupo traduziu desse modo, seguir esse parâmetro. Só ver como os fãs podem ser indecisos, pois não curtiram a primeira versão do Sonic (para o filme da Paramount), só que o amaram no filme de Tico & Teco. Falem o que quiserem, mas é cúmulo dessas pessoas com relação a hipocrisia.
O terceiro e último é que esse grupo de tradutores ficou conhecido por fazer piadas preconceituosas. Em determinado momento da obra, traduzido por eles, ao invés de fazerem uma alusão a uma pessoa "mão de vaca", eles colocam a palavra "judeu". Três vezes. Relacionar a obra a uma piada assim, poderia causar problemas para o anime. No final, Briggs não colocou essa palavra na tradução.
Primeiro ele foi criticado pelo fandom. Mas depois ele foi ameaçado. O que fez com que ele saísse da dublagem.
Minha opinião: Briggs é um cara introspectivo, mas extremamente gentil, bondoso e compreensivo. E acima de tudo racional. Se ele decidiu isso, foi por ser necessário. O fandom ignora as decisões empresariais. As necessidades deles vem primeiro, mas cabe a pessoas como Guilherme, trazer um bom tom para as obras audio-visuais. A galera tem que parar de querer impor sua vontade a pessoas que tem anos na área. Já que isso só prejudica os próprios fãs, visto que nem todos querem assistir animes legendados.
Então, os fãs só prejudicam a si mesmos. E por isso, o futuro não é pica.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Os SETE princípios do bushidô

Meiyo (Honra):
Os guerreiros têm apenas um juiz de honra e caráter, e estes são eles mesmos. As decisões que eles tomam e como essas decisões serão tomadas são um reflexo de quem realmente são.
Gi (Justiça, integridade):
Sincero e honesto em todas as relações. Acredita na justiça, não de outras pessoas, mas de si mesmo. Para o verdadeiro guerreiro, todos os pontos de vista são profundamente considerados em relação à honestidade, justiça e integridade.
Rei (Respeito):
Os verdadeiros guerreiros não têm motivos para serem cruéis. Não precisam provar sua força e são corteses até para com seus inimigos. Verdadeiros guerreiros não são respeitados somente por sua força na batalha, mas também pelo respeito para com os outros. 
Yu (Coragem):
O verdadeiro guerreiro deve se arriscar e viver a vida ao máximo, de forma plena e intensa, substituindo o medo pelo respeito e pela cautela. A coragem heroica não é cega, ela é inteligente e forte.
Jin (Compaixão, benevolência):
Através do treinamento intenso e trabalho duro, o verdadeiro guerreiro torna-se rápido e forte, destacando-se da maioria das pessoas. Ao desenvolver o poder, este deve ser usado para o bem em prol de seus semelhantes. O verdadeiro guerreiro tem compaixão.
Makoto (Honestidade):
Mentir é desonroso e covarde. Quando o verdadeiro guerreiro diz que fará algo, é como se já o tivesse feito. Não há nada no céu ou na terra que o impedirá de fazer. O verdadeiro guerreiro não precisa "dar a sua palavra", não precisa "prometer".
Chugi (Lealdade):
O verdadeiro guerreiro é responsável por tudo o que fez, por tudo o que disse e por todas as consequências que se seguem. O verdadeiro guerreiro é extremamente leal a todos os que estão sob os seus cuidados. por quem ele é responsável, ele permanece fiel.