sábado, 21 de outubro de 2023

Japonês quer que sua "esposa virtual" seja aceita como oficial!

O japonês Akihiko Kondo, de 40 anos, casou-se em 2018 com Hatsune Miku. O que faz do casamento algo aparentemente incomum é o fato de Miku ser uma artista de realidade virtual. A cantora, que já participou de turnê com Lady Gaga, foi criada pela empresa Crypton Future Media em 2017.
Kondo gastou o equivalente a R$ 85 mil para celebrar a união com a personagem virtual. Na cerimônia de casamento, Hatsune Miku teve de ser representada por uma boneca para melhorar o entendimento dos convidados.
Desde as núpcias, Akihiko Kondo passou a sentir discriminado, segundo relatou à reportagem da Deutsche Welle. Por isso, o funcionário público de Tóquio decidiu fundar a Associação Fictossexual. A intenção do grupo é combater o preconceito com os chamado fictossexuais e lutar por seus direitos. Fictossexual é como se classifica a pessoa que se sente atraída por um personagem de desenho. Ou outra obra ficcional.

Kondo diz que por ora a associação tem quatro membros e deve promover um evento ainda em 2023. Em declaração à agência France Presse, ele derreteu-se de amor: "Nunca a traí, sempre fui apaixonado por Miku. Penso nela todos os dias". "Eu nunca tive uma namorada, mas tive vários relacionamentos com personagens de animes e jogos de computador", confessou à Deutsche Welle.
Ele disse que precisou tirar licença do trabalho por ter sido satirizado por colegas que viam o casamento com estranheza. "Esquisito", "louco" e "psicopata" foram adjetivos que diz ter ouvido no ambiente profissional.
O casamento não tem um registro oficial porque a legislação do Japão não reconhece união com personagens virtuais. Ele possui apenas um certificado alternativo feito por uma empresa. Kondo adotou uma rotina de casal com a boneca que representa a personagem, com passeios em cadeira de rodas.
Ao DailyStar, o funcionário público diz que se dedica à luta para que os fictossexuais sejam reconhecidos como "minoria sexual".
"Não é justo, é como querer que um homem gay tenha encontros com uma mulher, ou que uma lésbica se relacione com um homem", exemplifica Kondo ao falar dos direitos que postula.
Estudo de 2017 da Associação Japonesa de Educação Sexual surpreendeu ao mostrar que 10% dos jovens entre 16 e 29 anos no país admitem ter se apaixonado por personagens de animes (desenhos animados nipônico) ou até de games. Em entrevista à Deutsche Welle, o professor de sociologia Izumi Tsuji ensaiou uma explicação para o fenômeno: "Fictossexuais surgiram quase ao mesmo tempo que a cultura otaku no Japão, entre os anos 1980 e 1990". A cultura otaku refere-se aos que se interessam por animes, mangás, videogames e outros aspectos da cultura pop japonesa.

sábado, 14 de outubro de 2023

Yoshihiro Togashi e o triste motivo de seus hiatos

Yoshihiro Togashi é o autor de Yuyu Hakusho e Hunter X Hunter, seus dois maiores sucessos no mundo dos mangás e animes. Ele fez outras obras igualmente magníficas. 
Ele vai muito contra a pressão que as editoras faz com os mangakas. E já fez muitas das suas obras de má vontade. Por isso, muitos fãs falam que ele é genial, porém preguiçoso.
Porém, o real motivo disso é bem diferente do que aparenta. Ele sofre lumbago, uma doença da colunaque afeta a região lombar.
As causas para isso podem ser várias: má postura, falta de exercício, fratura, disco rompido, ou até mesmo artrite.
Durante os anos de Hunter X Hunter, os fãs reuniram notas que o próprio Togashi escreveu. 

Preso na cama > Se arrastando > Pedindo ajuda > Problema para se levanta e ir ao hospital

A pior parte da dor nas costas é que ela só melhora um pouco para você poder ir ao hospital

Muitos mangakas sofrem com a extensa jornada de trabalho, para ter suas obras publicadas. Togashi não faz seus hiatos por sacanagem, como aparenta pelos textos dele jogando Dragon Quest, ou outros games como ele cita. Mas na verdade é para cuidar de sua saúde.

sábado, 7 de outubro de 2023

Wadaiko: ritmo do coração aos tambores

Os tambores de estilo japonês, wadaiko, contam com uma história de mais de 1.300 anos. Eles são tocados em festivais e em rituais de santuários, templos e festivais. E têm um papel essencial nas artes cênicas tradicionais como gagaku e kabuki. A maneira como os percussionistas colocam o corpo e o espírito em cada batida torna a execução de wadaiko ainda mais atraente tanto para ouvir como para ver.
Nagado-daiko: o tipo mais comumente usado é nagado-daiko. 
O-daiko: há também o enorme o-daiko, que tem até dois metros de largura.
Tsukeshime-daiko: o pequeno tsukeshime-daiko tem um tom mais alto e claro.
Tocar wadaiko é um hobby popular e há muitos lugares que ensinam a técnica. Pessoas de todas as idades curtem o ritmo dessas batidas.
Muitos gostam do wadaiko, devido a sua resposta imediata. O segredo está na sua construção interna. O interior é esculpido para produzir uma repercussão muito forte. 
As baquetas, ou bachi, são grossas e podem ser seguradas firmemente e, assim, bater com toda a força. 



domingo, 1 de outubro de 2023

Eroguro kei


Ero = Erótico / Guro = Grotesco, essa vertente dentro do visual kei é inspirada nas tendências culturais que surgiram no Japão entre as décadas de 20 e 30, onde os trabalhos, sejam ilustrações, poemas, música sofreram com a censura até meados dos anos 70. Mas aqui o foco é dentro do Visual kei.
Nessa vertente, a sexualidade , erotismo são mais presentes nas musicas, nos videoclipes e até mesmo nos visuais. Mas lembrando, isso não define o estilo musical e sim a temática.
Como tudo dentro do visual kei, a divisão é somente para localizar os fãs,a maior parte das vertentes são nomeadas depois de alguma banda expressar-se visualmente de alguma forma.
Alguns exemplos de bandas dentro do eroguro kei: Cali=gari (considerada precursora dessa vertente no vk), The Gallo, Dir En Grey (No caso, os fãs vivem reclamando que não está dentro do visual kei, mas tem todos os elementos para estar dentro XD.), entre outras. E como em todas as vertentes, muitas bandas passam por momentos em cada subgênero, assim como o MUCC teve momentos em que foi considerado dessa vertente, e acho que aqui podemos citar o lynch. em determinadas músicas, também podemos incluir o Kagerou e o projeto solo ‘Daisuke to kuro no injatachi’, do falecido vocalista da banda, Daisuke.
Texto extraído de um escrito da Cris (Kamui Nishimura) no blog F.A.Q. Sixth Gun. As imagens também são dela, como modelo.